GOVERNADOR RECUA E NÃO ASSINA TERMO DE COMPROMISSO

Resumo da Reunião com o governador Teotônio Vilela - 20/10/2008

Atendendo ao “convite”, fomos à reunião convocada pelo governador para tratar das questões da Uneal. Foi feito um balanço da importância da universidade, onde o governador por diversas vezes afirmou que era um equívoco nosso pensar que ele trata a Uneal com “descaso”, que na verdade ele “gosta” muito da Uneal, mas tem que olhar as outras demandas do Estado como a preocupação com os péssimos índices sociais. Lembramos que todos os problemas sociais relatados passam pela educação e por isso afirmamos categoricamente que Uneal não é um problema para o Estado, ela é na verdade um instrumento importante para a solução.

Essa reunião foi uma espécie de “antecipação” da reunião que vai ocorrer com o Ministério Público, em linhas gerais foi um “primeiro contato”, já que o governador não poderia chegar ao MP sem nenhuma medida formulada.

Mas, mesmo assim, nessa reunião o governador se comprometeu a:

1 – Autorizar o concurso público para professores efetivos para Uneal, em até cento e vinte dias, sendo o número de vagas o que for encaminhado pela reitoria após o levantamento do número exato da nossa necessidade.

2 - Liberar os recursos necessários para aquisição dos mobiliários para equipar o prédio do Campus III da Uneal em Palmeira dos Índios, no aproximado de R$ 170.000,00, referente carteiras, mobiliários e computadores.

3 – Fazer investimentos na Uneal para melhorias dos cursos existentes de acordo com a demanda da instituição, que deve acontecer a partir da realização de um fórum universitário com a participação de Estudantes, Professores, Reitoria e Governo.

4 – Fazer o enquadramento automático dos mestres e doutores.

Além disso, o governador nomeou o secretário de gestão pública Guilherme Lima, para junto com os presentes elaborar um documento (Termo de Compromisso), contendo os pontos acordados e mais uma proposta em relação à reivindicação salarial, ao PCC e ao montante para investimentos nos anos de 2009 e 2010.

A reunião aconteceu no dia seguinte ás 11:00 e cumpriu a tarefa delegada de formular a Carta de Compromisso (em anexo à esse e-mail).

O sindicato por iniciativa própria, propôs dividir o pagamento do reajuste em duas vezes, 8,4% agora e o restante em janeiro e concordou que no Sistema Remuneratório deve-se incluir a progressão horizontal de 5% a cada cinco anos com base no salário básico de cada Classe. Após essa segunda reunião o secretário de gestão pública ficou de encaminhar as decisões ao governador neste mesmo dia para que ele desse o aval para essa proposta e fechasse o valor do montante de investimento.

Ao fim dessa reunião o sindicato sinalizou que a aprovação dessa proposta pelo governador poderia ser determinante para o encerramento da greve.

Ao final da tarde o governo responde que precisa de mais um tempo para decidir sobre o aumento salarial. Á noite os professores fazem uma assembléia geral, e mediante a não resposta do governo sobre os 16,8%, não colocaram o fim da greve em discussão. Estão aguardando a resposta do governo.

Assim, o que foi demonstrado nessa reunião é que, a exceção dos 16.8%, o governador não colocou obstáculos para atender a pauta. Isso já é resultado da intervenção do Ministério Público, por isso é preciso ter em mente que a reunião com o MP ainda vai acontecer e que os estudantes (e toda a comunidade acadêmica) devem continuar construindo as suas mobilizações, pois ainda temos muito o que fazer para defender a Universidade.
Inaldo Valões
Presidente do DCE (Diretório Central dos Estudantes)
Para comentar esse texto clique em comentários ou se quiser enviar para o e-mail de um amigo clique sobre a carta.